No Brasil não se sabe quem está realmente falando a verdade em termos políticos atualmente.Quem detém o poder acaba manipulando todas as informações e situações econômicas também. Partindo do princípio que toda a estrutura é comandada por quem não se preocupa em divulgar a verdade, mas a manipulação de toda e qualquer notícia, como então fazer para saber o que é verdade?
Se todos os envolvidos nos processos políticos que ocorrem no Brasil sempre estiveram aí envolvidos, porque nunca resolveram situações que dizem não terem sido solucionadas na gestão anterior? Estes são políticos profissionais e sempre estiveram envolvidos direta ou indiretamente com processos de corrupção mal resolvidos intencionalmente.
As informações que chegam aos nossos olhos e aos nossos ouvidos estão sempre carregadas de más intenções e distorções, ou seja, desinformações. Como confiar em pessoas que sempre nos enganaram, manipularam, abusaram da nossa inteligência e falta de memória?
Honestamente não dá para ser enganado por tantos e acreditar que agora vai ser diferente, pois, as intenções continuam sendo as mesmas, de brincar com a população no sentido de não informar a verdade dos fatos.
Fato não mais existe neste tão amado país, o que existe são notícias compradas e distorcidas passadas às pessoas com o claro objetivo de gerar nelas um ódio gratuito a um determinado ponto de vista político que se preocupa pelo menos em promover uma igualdade mínima em termos de acesso à bens necessários a uma vida mais digna: Educação, saúde, lazer, viagens de avião, etc.
Como entender pessoas que não se cansam de explorar, maltratar, desinformar, achincalhar, entre tantas outras maneira de excluir, discriminar, etc. Como entender pessoas que só se preocupam em continuar querendo o mundo inteiro para o seu prazer e poder, mesmo depois de tantos anos fazendo isto?
Não dá para pensar que isto não seja algo doentio que já vem com todos estes que nem se dão ao trabalho de tentar abrir mão de privilégios a favor de uma distribuição destes a todos aqueles que os sustentaram por tantos e tantos anos?
Quer saber, só queria entender uma coisa, onde está a verdade?
sábado, 17 de setembro de 2016
domingo, 14 de agosto de 2016
Solidariedade orgânica e Solidariedade mecânica.
Solidariedade mecânica e Solidariedade Orgânica
Na obra “De la Division du Travail Social”, Durkheim buscou esclarecer que a existência de uma sociedade, bem como a própria coesão social, está baseada no grau de consenso produzido entre os indivíduos. Esse cosenso produzido ele chamou de solidariedade.
Para Durkheim existem dois tipos de solidariedade: a mecânica e a orgânica.
Abaixo é apresentado os dois tipos de solidariedades, assim como uma tabela comparativa.
Abaixo é apresentado os dois tipos de solidariedades, assim como uma tabela comparativa.
Para ele a solidariedade mecânica é característica das sociedades ditas “primitivas” ou “arcaicas”, ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs.
Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo. São justamente essa correspondência de valores que irão assegurar a coesão social.
Solidariedade orgânica
De modo distinto, existe a solidariedade orgânica que é a do tipo que predomina nas sociedades ditas “modernas” ou “complexas” do ponto de vista da maior diferenciação individual e social (o conceito deve ser aplicado às sociedades capitalistas). Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada.
A divisão econômica do trabalho social é mais desenvolvida e complexa e se expressa nas diferentes profissões e variedade das atividades industriais. Durkheim emprega alguns conceitos das ciências naturais, em particular da biologia (muito em uso na época em que ele começou seus estudos sociológicos) com objetivo de fazer uma comparação entre a diferenciação crescente sobre a qual se assenta a solidariedade orgânica.
Durkheim concebe as sociedades complexas como grandes organismos vivos, onde os órgãos são diferentes entre si (que neste caso corresponde à divisão do trabalho), mas todos dependem um do outro para o bom funcionamento do ser vivo. A crescente divisão social do trabalho faz aumentar também o grau de interdependência entre os indivíduos.
Para garantir a coesão social, portanto, onde predomina a solidariedade orgânica, a coesão social não está assentada em crenças e valores sociais, religiosos, na tradição ou nos costumes compartilhados, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres e se expressam em normas jurídicas: isto é, o Direito.
terça-feira, 19 de abril de 2016
Alguns significados de cultura.
Marilena Chauí: A partir do século XVIII, o termo Cultura articula-se, ora positiva ora negativamente, com o termo Civilização. Este, derivando-se do latim cives e civitas, referia-se ao civil como homem educado, polido e à ordem social (donde o surgimento da expressão Sociedade Civil). Entretanto, Civilização possuía um sentido mais amplo que civil. Significa, por um lado, o ponto final de uma situação histórica, seu acabamento ou perfeição, e, por outro lado, um estágio ou uma etapa do desenvolvimento histórico-social, pressupondo, assim, a noção de progresso.
Malinowsk e Radcliffe-Brown: A Cultura designa o modo de vida das diversas comunidades; as necessidades humanas são universais e toda cultura cria instituições para atendê-las, desde as necessidades primárias às emocionais e aqueles das atividades econômicas e políticas.
Ralph Linton: A Cultura é um fenômeno universal e diferencia os grupos.
Claude Lévi-Strauss: A Cultura é uma forma universal da linguagem pela qual os seres humanos buscam diferenciar-se da natureza e apresenta variações baseadas em pares de oposições (discrição e excesso, cru e cozido, etc.).
Talcott Parsons e Robert Merton: A Cultura de um povo ganha sentido na rede de relações sociais; sociedade e cultura são partes interdependentes do sistema social.
Antony Giddens: A Cultura é a interdependência de aspectos intangíveis (subjetivos), como ideias, crenças e valores, suas técnicas e tecnologias, trabalho, moradia, etc.
A família, segundo Durkheim.
A família não deve suas virtudes à unidade de descendência: é simplesmente um grupo de indivíduos que se encontram próximos uns dos outros, no centro da sociedade política, por uma identificação particularmente estreita entre suas ideias, sentimentos e interesses. A consanguinidade pôde facilitar essa concentração. Mas muitos outros fatores intervieram: a vizinhança material, a solidariedade dos interesses, a necessidade de se unir para lutar contra um perigo comum, ou simplesmente para se unir, foram causas igualmente fortes de aproximação.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social, 1973. p.27.
A família, segundo Bourdieu.
A família é produto de um verdadeiro trabalho de instituição, ritual e técnico ao mesmo tempo, que visa instituir de maneira duradoura, em cada um dos membros da unidade instituída, sentimentos adequados a assegurar a integração que é a condição de existência e de persistência dessa unidade. Os ritos de instituição (palavra que vem de stare, 'manter-se, ser estável') visam constituir a família como entidade unida, integrada, unitária, logo, estável, constante, indiferente às flutuações dos sentimentos individuais. Esses atos inaugurais de criação (imposição do nome de família, casamento, etc.) encontram seu prolongamento lógico nos inumeráveis atos de reafirmação e de reforço que visam produzir, por uma espécie de criação continuada, as afeições obrigatórias e as obrigações afetivas do sentimento familiar (amor conjugal, amor paterno e materno, amor filial, amor fraterno, etc.)
BOURDIEU, Pierre. O espírito de família. In: Razões práticos: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996. p. 126.
Alguns conceitos básicos da Sociologia.
Comte: Ordem social, estágios teológico, metafísico e positivo ou científico da evolução da humanidade.
Durkheim: Fatos sociais, consciência coletiva, representações sociais, coesão social, solidariedade, integração social, instituição social.
Weber: Ação social, relação social, dominação, burocracia, capitalismo ocidental, racionalização.
Marx: Modo de produção, capital, trabalho, práxis, contradição social, classes sociais, lutas de classes, conflito, relações de produção.
A Sociologia pelos autores contemporâneos.
Talcott Parsons: Sociedade: Uma coletividade de pessoas em interação constitui um sistema social. A orientação de cada ator nesse processo interativo, como pai, irmão, professor, etc. É o papel social. Sociologia: Uma ciência ligada a outras ciências do homem, capaz de sistematizar a ação social.
Teoria crítica: Sociedade: Dimensão histórica com suas normas e formas simbólicas. Sociologia: Questiona a ciência e a sociedade contemporâneas.
Bourdieu: Sociedade: Existe na ação de sujeitos que se relacionam e está inscrita nas relações de poder. Sociologia: Ciência que estuda a ação subjetiva e seus significados, com base nas relações de poder entre agentes.
Como Marx analisa a realidade social.
Marx adotou a dialética como método de análise da realidade. Em seu pensamento, o movimento dos contrários é encontrado na superação de um modo de produção histórico para outro (escravismo, feudalismo, capitalismo, por exemplo), ou mesmo em compreender o antagonismo complementar que se encontra nas relações de classe, na luta por interesses diferentes que disputam a riqueza acumulada no processo produtivo.
A Sociologia, segundo Max Weber.
Deve-se entender por Sociologia (no sentido aqui aceito desta palavra empregada com tantos significados): uma ciência que pretende entender a ação social, interpretando-a, para, dessa maneira, explicá-la causalmente no seu desenvolvimento e efeitos. Por "ação" entende-se uma conduta humana (um fazer externo ou interno, seja em omitir ou permitir) sempre que o sujeito ou os sujeitos da ação deem a ela um sentido subjetivo. A "ação social", portanto, é uma ação na qual o sentido pensado por um sujeito ou sujeitos toma por referência a conduta de outros e por ela orienta o desenvolvimento de sua ação.
WEBER, Max. Economia e sociedade compreensiva, 1977. v.I. p.5.
A sociedade, segundo Émile Durkheim.
A sociedade não é simples soma de indivíduos, e sim sistema formado pela sua associação, que representa uma realidade específica com seus caracteres próprios. Sem dúvida, nada se pode produzir de coletivo se as consciências particulares não existirem; mas esta condição necessária não é suficiente. É preciso ainda que as consciências estejam associadas, combinadas, e combinadas de determinada maneira; é desta combinação que resulta a vida social e, por conseguinte, é esta combinação que a explica.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. 14. ed. São Paulo: Nacional, 1990. p. 90.
Como se faz uma lei.
Funcionamento do Legislativo
A Lei passo a passo
O projeto de lei é a proposta escrita a ser submetida à apreciação da Câmara, para discussão, votação e, se for o caso, conversão em lei. A apresentação do projeto à Câmara desencadeia o processo legislativo e só poderá ser feita pela autoridade competente para a iniciativa.
O projeto de lei é apresentado à Mesa da Câmara ou à Secretaria, cabendo ao autor o cuidado de verificar se a matéria de que trata é realmente de sua competência ou do Prefeito (competência legislativa). O projeto de lei complementar e o projeto de decreto legislativo seguem, do ponto de vista formal, a mesma estrutura do projeto de lei.
apresentação material – refere-se à distribuição do assunto, por livros, títulos, capítulos, seções, parágrafos, incisos e alíneas. Para que o texto se apresente sistematizado logicamente, o redator da lei, desde o projeto, deve fixar bem o que pretende regular, cuidando para que não se incluam dispositivos contraditórios, confusos ou incoerentes.
A linguagem deve ser simples e fácil, lembrando que as leis são para reger condutas humanas e, por isso, devem ser de fácil entendimento pelo povo.
Não confunda anteprojeto com antiprojeto. Este significa apresentação de um projeto contrário a outro, ou seja, proposição contrária a um projeto já existente.
Qualquer pessoa pode ser encarregada de elaborar um anteprojeto. Não se inicia com isso o processo legislativo, que só se desencadeia com a apresentação do projeto por alguém que tenha competência para fazê-lo.
As emendas podem ser:
Supressivas – quando têm por objetivo suprimir qualquer parte do projeto em tramitação;
Modificativas – quando visam modificar a redação de uma determinada proposição sem que, com isso, haja alteração substancial no seu conteúdo;
Substitutivas – são a que visam substituir qualquer parte de uma proposição. Tais emendas recebem o nome de substitutivo, quando tiverem por fim alterar integralmente a mencionada proposição;
Aditivas – quando se destinam a acrescentar algo à proposição em curso.
O projeto de lei é apresentado à Mesa da Câmara ou à Secretaria, cabendo ao autor o cuidado de verificar se a matéria de que trata é realmente de sua competência ou do Prefeito (competência legislativa). O projeto de lei complementar e o projeto de decreto legislativo seguem, do ponto de vista formal, a mesma estrutura do projeto de lei.
A Técnica de sua redação envolve dois aspectos básicos:
apresentação formal – diz respeito à redação propriamente dita, constando das partes da lei, correção da linguagem, precisão terminológica, simplicidade e concisão.apresentação material – refere-se à distribuição do assunto, por livros, títulos, capítulos, seções, parágrafos, incisos e alíneas. Para que o texto se apresente sistematizado logicamente, o redator da lei, desde o projeto, deve fixar bem o que pretende regular, cuidando para que não se incluam dispositivos contraditórios, confusos ou incoerentes.
A linguagem deve ser simples e fácil, lembrando que as leis são para reger condutas humanas e, por isso, devem ser de fácil entendimento pelo povo.
Anteprojeto e Projeto
O anteprojeto é o estudo preliminar ou esboço que se faz para a elaboração do projeto. Antes de dar-se forma a um projeto de lei, convém estudar as normas a serem formuladas, de sorte que se atenda ao objetivo visado.Não confunda anteprojeto com antiprojeto. Este significa apresentação de um projeto contrário a outro, ou seja, proposição contrária a um projeto já existente.
Qualquer pessoa pode ser encarregada de elaborar um anteprojeto. Não se inicia com isso o processo legislativo, que só se desencadeia com a apresentação do projeto por alguém que tenha competência para fazê-lo.
Emendas
Uma determinada proposição que se encontre em tramitação na Câmara Municipal poderá receber proposta de alteração. Essa proposta de alteração é a emenda. A emenda pode ser apresentada pelo Vereador, pela Mesa Diretora ou pelas Comissões. O Prefeito não pode apresentar emendas. Pode, no entanto, apresentar nos projetos de sua iniciativa, acréscimos através de mensagens aditivas, justificando a medida. Propor uma emenda é propor modificação no projeto em tramitação.As emendas podem ser:
Supressivas – quando têm por objetivo suprimir qualquer parte do projeto em tramitação;
Modificativas – quando visam modificar a redação de uma determinada proposição sem que, com isso, haja alteração substancial no seu conteúdo;
Substitutivas – são a que visam substituir qualquer parte de uma proposição. Tais emendas recebem o nome de substitutivo, quando tiverem por fim alterar integralmente a mencionada proposição;
Aditivas – quando se destinam a acrescentar algo à proposição em curso.
Como funciona o processo de Impeachment.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou na quarta-feira 2 a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Entenda qual o caminho do processo e o que é preciso para ele ser aprovado pelo Congresso:
O que é preciso para o processo de impeachment ser aberto?
De acordo com a lei 1079/50, qualquer cidadão pode denunciar o presidente da República na Câmara por crime de responsabilidade. Para que o processo se inicie, contudo, a denúncia deve ser aceita pelo presidente da Câmara, o que Eduardo Cunha fez na quarta-feira 2.
Depois da autorização do presidente da Câmara, o que acontece?
Uma vez autorizada a tramitação, o pedido de impeachment é lido no Plenário da Casa e é criada uma comissão especial para investigar o caso. A comissão terá 66 integrantes, de todos os partidos da Casa.
A presidenta Dilma Rousseff poderá se defender?
Dilma será notificada assim que a comissão especial for criada e terá 10 sessões para se defender.
Dilma terá de prestar depoimento?
Talvez. Terminado o prazo de 10 sessões para a defesa da presidenta, a comissão especial irá colher depoimentos de testemunhas e poderá requisitar que Dilma seja interrogada. Ao longo deste processo, Dilma poderá assistir a todas as sessões pessoalmente ou mandar um representante ao local.
O parecer da comissão especial sobre o impeachment pode demorar?
Não. Após ser criada, a comissão tem 48 horas para eleger seu presidente e relator. Com sua mesa diretora definida e com o recebimento da defesa, o colegiado terá cinco sessões para emitir um parecer sobre a denúncia. Neste processo, a comissão poderá convocar testemunhas e tomar as providências que julgar necessárias para esclarecer a denúncia.
A votação será longa?
Pode ser. O procedimento de votação do impeachment permite que cinco representantes de cada partido possam falar sobre o parecer durante uma hora. Ao todo, 26 partidos tem representação na Câmara. Além disso, o relator da comissão especial poderá responder a cada um dos deputados.
O que é preciso para a comissão dar prosseguimento ao impeachment?
Os membros da comissão especial decidem, por maioria simples, se dão continuidade ao pedido ou o rejeitam. Independentemente da recomendação do colegiado, o parecer tem de ser levado à votação no plenário da Câmara.
O que acontece depois da votação do parecer?
O resultado da votação sobre o parecer da comissão especial é lido na sessão da Câmara dos Deputados e publicado integralmente no Diário do Congresso Nacional juntamente com a denúncia. Todos os deputados terão acesso ao parecer.
Após 48 horas da publicação, o parecer é incluído, em primeiro lugar, na ordem de votação do plenário da Câmara.
Quantos votos são necessários para aprovar o pedido de impeachment na Câmara?
A votação do pedido de impeachment é nominal e acontecerá em duas sessões separadas por 48 horas. Para afastar a presidente é preciso que dois terços do plenário da Câmara, o equivalente a 342 deputados, vote a favor do impeachment. O presidente da Casa, Eduardo Cunha, não vota. Ou seja, o governo precisa de 171 votos para arquivar o processo. Hoje, a bancada do PT é formada por 60 deputados e a do PMDB – que pertence à base aliada, mas está rachado em relação ao apoio à presidenta Dilma – possui 66 representantes.
O que acontece se o pedido de impeachment for aprovado na Câmara?
Caso a abertura do pedido de impeachment seja aprovada no plenário da Câmara, a presidente da República é afastada do cargo, por até 180 dias, e tem 20 dias para apresentar provas que sustentem sua defesa. Neste período, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), assume interinamente a Presidência.
Após a abertura do processo de impeachment ser aprovada na Câmara o processo vai para o Senado?
Decretada a acusação, o processo vai para o Senado, que tem 180 dias para decidir sobre a questão. O julgamento da presidente no Senado é comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski, e Dilma Rousseff é notificada a comparecer. Para aprovar o impedimento de Dilma é preciso a aprovação de 54 dos 81 senadores. O PT possui, atualmente, 13 representantes no Senado.
Se Dilma cair quem assume?
Em caso de impeachment da presidente, o vice, Michel Temer (PMDB-SP), toma posse. Caso Temer também caia até o fim de 2016, novas eleições serão realizadas dentro de 90 dias. Se Temer for afastado do cargo após 2016, o novo presidente será eleito pelo Congresso em até 30 dias.
O que é modernidade?
A modernidade foi definida pelo filósofo alemão Karl Marx com a frase "tudo o que é sólido se desmancha no ar". A expressão faz referência às intensas transformações das revoluções econômica, política e do conhecimento, nos séculos XVIII e XIX, e que romperam com as condições históricas anteriores representadas pela tradição. Por exemplo, no processo da Revolução Industrial, quando as populações rurais se dirigiam para as cidades, passaram a enfrentar uma nova ordem social, em detrimento das condições sociais a que estavam habituadas,
O termo moderno foi usado pela primeira vez no século V para distinguir a Roma cristã da antiga Roma pagã. Já a ideia de "modernidade" pode ser relacionada ao filósofo racionalista francês René Descartes e, posteriormente, ao positivismo, que defendiam a crença na razão, nas possibilidades do progresso linear (ascendente e evolutivo) e na formação de uma nova sensibilidade racional diante da realidade.
No século XX, sob o impacto de transformações sociais cada vez mais aceleradas, a modernidade passa a se relacionar com a ideia do efêmero, do fragmentado, da transição, da racionalidade, da cultura de massa, da padronização do conhecimento e da produção, do planejamento racional, da tecnologia. Na concepção atualização de "modernidade" está embutido o sentido de tudo o que é recente, faz parte do hoje e é passageiro.
As concepções dos primeiros pensadores de uma ciência para a sociedade.
Augusto Comte: Sociedade: a sociedade é tão real quanto um organismo vivo, com sentido científico e moral. Sociologia: a Sociologia é uma reflexão filosófica sobre a sociabilidade humana; uma ciência universal da civilização.
Émile Durkheim: Sociedade: a sociedade resulta da combinação das consciências individuais, tende a integração e se organiza pelas normas e costumes. Sociologia: a Sociologia objetiva chegar às leis gerais sobre a realidade social, adquirindo um caráter normativo.
Max Weber: Sociedade: a sociedade é o complexo de significados dos valores de uma época. Sociologia: a Sociologia interpreta o sentido que orienta toda ação social.
Karl Marx: Sociedade: a sociedade é determinada pelas condições materiais em transformação. O modo de produção (economia) condiciona a vida social. Sociologia: a Ciência Social realiza a práxis, ou seja, as ações concretas e históricas do ser humano que constrói a si e ao mundo.
Nossa vida em sociedade.
O que une os indivíduos não é cimento. Basta pensarmos no burburinho das ruas das grandes cidades: a maioria das pessoas não se conhece. Umas quase nada têm a ver com as outras. Elas se cruzam aos trancos, cada qual perseguindo suas próprias metas e projetos. Vão e vêm como lhe apraz. Mas há, sem dúvida, um aspecto diferente nesse quadro: funcionando nesse tumulto de gente apressada apesar de toda a sua liberdade individual de movimento, há também, claramente, uma ordem oculta e não diretamente perceptível pelos sentidos. A sociedade com sua regularidade, não é nada externo aos indivíduos; tampouco é simplesmente um "objeto" "oposto" ao indivíduo; ela é aquilo que todo indivíduo quer quando diz "nós".
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1994. p. 20-21.
Globalização e Sociologia.
A globalização do mundo recria o objeto da Sociologia. Como a globalização abala os quadros sociais e mentais de referência, os horizontes que se abrem com esse vasto, complexo e surpreendente processo permitem repensar criticamente os conhecimentos já acumulados sobre a sociedade nacional e o indivíduo. A Sociologia pode ser vista como uma forma de autoconsciência da realidade social. Essa realidade pode ser local, nacional, regional ou mundial, micro ou macro, mas cabe sempre a possibilidade de que ela possa pensar-se criticamente, com base nos recursos metodológicos e epistemológicos que constituem a Sociologia como uma disciplina científica. Isto significa que a Sociologia contribui para pensar e constituir a sociedade nacional em várias modalidades, compreendendo a sociedade civil e o Estado, os grupos sociais e as classes sociais, os movimentos sociais e as correntes de opinião pública, as formas de integração e os modos de antagonismos, as tensões e as lutas, as reformas e as revoluções, as tiranias e as democracias.
IANNI, Octávio. A Sociologia numa época de globalismo. In: FERREIRA, Leila (org.). A Sociologia no horizonte do século XXI. São Paulo: Boitempo, 2002. p. 24-25.
sexta-feira, 25 de março de 2016
As classes sociais - síntese de algumas teorias.
Karl Marx (1818-1883) . Classes sociais são agrupamentos de indivíduos que estão em uma posição comum nas relações de produção; uns são proprietários dos meios materiais de produção, outros detêm apenas sua força de trabalho.
. São duas as principais classes modernas: os capitalistas (donos dos meios materiais de produção) e o proletariado (aqueles que vendem sua força de trabalho aos capitalistas).
. As classes sociais são antagônicas e complementares: uma não existe sem a outra. Elas se relacionam; há uma estrutura de classes.
Max Weber (1864-1920) . A sociedade é dividida em estratos ou camadas.
. O lugar ocupado pelos indivíduos na sociedade tem a ver com sua posição econômica, mas não é o controle dos meios de produção que define as classes.
. As divisões de classes se originam em diferenças sociais baseadas no poder, na riqueza e no status.
. Status é uma dimensão subjetiva e separada da classe. Traduz um conjunto de aspectos positivamente avaliados em uma sociedade: a riqueza (ou propriedade), o poder (ou influência) e o prestígio (ou valor sociocultural) atribuídos a quem ocupa determinada posição social.
Erik Olin Wright (1947-) . Abordagem que combina aspectos das propostas de Marx e de Weber.
. A classe capitalista controla os investimentos (o capital) e os meios físicos de produção, além de ter poder sobre a mão de obra.
. Os trabalhadores não detêm controle sobre os meios de produção (terra, subsolo, insumos, água, equipamentos, instalações, etc.).
. Os responsáveis pelo trabalho administrativo (os chamados trabalhadores de colarinho branco) são os gerentes do trabalho e têm uma posição contraditória: ora defendem os interesses dos patrões, ora os dos empregados.
Pierre Bourdieu (1930-2002) . Os grupos de classe são identificados pelos níveis de acesso a bens materiais e simbólicos (ou seja, não materiais, como os bens culturais). A ênfase da teoria da distinção de classe está no consumo típico de uma sociedade de massa.
. A distinção social é a diferenciação que existe entre indivíduos e grupos, e não se baseia apenas em fatores econômicos ou ocupacionais.
. Os grupos de classe agregam ao capital econômico (material) um legado relativo ao conhecimento e à cultura (iniciação à Ciência, à Arte, à Literatura). Buscam prestígio e ascensão social, desenvolvem gostos culturais e atividades de lazer, definindo padrões de consumo e um estilo de vida próprio.
. São duas as principais classes modernas: os capitalistas (donos dos meios materiais de produção) e o proletariado (aqueles que vendem sua força de trabalho aos capitalistas).
. As classes sociais são antagônicas e complementares: uma não existe sem a outra. Elas se relacionam; há uma estrutura de classes.
Max Weber (1864-1920) . A sociedade é dividida em estratos ou camadas.
. O lugar ocupado pelos indivíduos na sociedade tem a ver com sua posição econômica, mas não é o controle dos meios de produção que define as classes.
. As divisões de classes se originam em diferenças sociais baseadas no poder, na riqueza e no status.
. Status é uma dimensão subjetiva e separada da classe. Traduz um conjunto de aspectos positivamente avaliados em uma sociedade: a riqueza (ou propriedade), o poder (ou influência) e o prestígio (ou valor sociocultural) atribuídos a quem ocupa determinada posição social.
Erik Olin Wright (1947-) . Abordagem que combina aspectos das propostas de Marx e de Weber.
. A classe capitalista controla os investimentos (o capital) e os meios físicos de produção, além de ter poder sobre a mão de obra.
. Os trabalhadores não detêm controle sobre os meios de produção (terra, subsolo, insumos, água, equipamentos, instalações, etc.).
. Os responsáveis pelo trabalho administrativo (os chamados trabalhadores de colarinho branco) são os gerentes do trabalho e têm uma posição contraditória: ora defendem os interesses dos patrões, ora os dos empregados.
Pierre Bourdieu (1930-2002) . Os grupos de classe são identificados pelos níveis de acesso a bens materiais e simbólicos (ou seja, não materiais, como os bens culturais). A ênfase da teoria da distinção de classe está no consumo típico de uma sociedade de massa.
. A distinção social é a diferenciação que existe entre indivíduos e grupos, e não se baseia apenas em fatores econômicos ou ocupacionais.
. Os grupos de classe agregam ao capital econômico (material) um legado relativo ao conhecimento e à cultura (iniciação à Ciência, à Arte, à Literatura). Buscam prestígio e ascensão social, desenvolvem gostos culturais e atividades de lazer, definindo padrões de consumo e um estilo de vida próprio.
segunda-feira, 7 de março de 2016
sábado, 5 de março de 2016
sábado, 27 de fevereiro de 2016
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