domingo, 22 de março de 2020

Atividades para o Colégio El Shaday (Sociologia)

Atividade para as primeiras séries do Ensino Médio

  (Unesp 2018) Texto 1

Victor Frankl descrevia o fanático por dois traços essenciais: a absorção da própria individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade alheia. “Individualidade” é a combinação singular de fatores que faz de cada ser humano um exemplar único e insubstituível. O que o fanático nega aos demais seres humanos é o direito de definir-se nos seus próprios termos. Só valem os termos dele. Para ele, em suma, você não existe como indivíduo real e independente. Só existe como tipo: “amigo” ou “inimigo”. Uma vez definido como “inimigo”, você se torna, para todos os fins, idêntico e indiscernível de todos os demais “inimigos”, por mais estranhos e repelentes que você próprio os julgue.
(Olavo de Carvalho. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, 2013. Adaptado.)

Texto 2

É necessário questionar a função de amparo identitário de todas as formas de organização de massas – partidos, igrejas, sindicatos – independente de seu objetivo político manifesto, de esquerda ou de direita. Não é descabido supor que qualquer organização de massas tenha o potencial de favorecer em seus membros a adesão à identidade de vítimas, sendo um sério obstáculo à luta pela autonomia e pela liberdade de seus membros.
(Maria Rita Kehl. Ressentimento, 2015. Adaptado.)

Os dois textos
a) apresentam argumentos favoráveis a ideias e comportamentos totalitários no campo da política.   
b) defendem a importância de diferenças claras entre amigos e inimigos no campo da política.
c) sustentam que a união dos oprimidos em organizações de massa é mais importante que a individualidade.   
d) utilizam os conceitos de fanatismo e de identidade coletiva para questionar o irracionalismo.   
e) concordam que o pertencimento ideológico de direita é critério exclusivo para definir o fanatismo político.   

Atividade para as segundas séries do Ensino Médio

(Unioeste 2016)  Regime Político – de acordo com o Dicionário de Política organizado por
Bobbio, Matteucci e Pasquino – pode ser definido como o conjunto de instituições, leis e
valores que regulam a luta pelo poder em determinada sociedade. Considerando que o
regime político adotado no Brasil atual é presidencialista e republicano, assinale qual das
alternativas abaixo é INCORRETA.
a) O chefe de governo do Poder Executivo brasileiro (presidente) é eleito pelo voto popular.   
b) Os membros do Poder Legislativo brasileiro (deputados e senadores) são eleitos pelo voto popular.
c) Nossas eleições são livres (vários partidos concorrendo) e “limpas” (conforme as regras eleitorais).
d) Um presidente (eleito pelo povo) pode governar sem o apoio da maioria do Congresso Nacional.   
e) O Poder Legislativo pode destituir um presidente (eleito pelo povo) por discordância ideológica.

Atividades de Sociologia para as terceiras séries do Ensino Médio
(Enem PPL 2017) Em um governo que deriva sua legitimidade de eleições livres e
regulares, a ativação de uma corrente comunicativa entre a sociedade política e a civil é
essencial e constitutiva, não apenas inevitável. As múltiplas fontes de informação e as
variadas formas de comunicação e influência que os cidadãos ativam através da mídia,
movimentos sociais e partidos políticos dão o tom da representação em uma sociedade
democrática. 
URBINATI, N. O que torna a representação democrática? Lua Nova, n. 67, 2006.
Esse papel exercido pelos meios de comunicação favorece uma transformação
democrática em função do(a)
a) limitação dos gastos públicos.   
b) interesse de grupos corporativos.   
c) dissolução de conflitos ideológicos.    
d) fortalecimento da participação popular.    
e) autonomia dos órgãos governamentais.   

(Ufu 2015) A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi instituída em 16 de maio de 2012 com o objetivo de trazer à tona os crimes cometidos pelo Estado brasileiro entre os anos 1946 e 1988, em especial durante a Ditadura Civil-Militar. Entre esses crimes se destacam a detenção ilegal ou arbitrária, a tortura, a execução sumária, arbitrária ou extrajudicial e, por fim, o desaparecimento forçado e ocultação de cadáver. Tal como aponta seu relatório publicado em dezembro de 2014, a CNV situou o Brasil entre as dezenas de países que

[...] criaram uma comissão da verdade para lidar com o legado de graves violações de direitos humanos. Com a significativa presença que detém no cenário internacional, o reconhecimento do Estado brasileiro de que o aperfeiçoamento da democracia não prescinde do tratamento do passado fortalece a percepção de que sobram no mundo cada vez menos espaços para a impunidade. Relatório da Comissão Nacional da Verdade. 
Disponível em http://www.cnv.gov.br/images/pdf/relatorio/volume_1_digital.pdf. Acesso em: 22 fev. 2015.

 O que justifica a criação de uma comissão com a natureza da CNV é a necessidade de:
a) Reforçar o conteúdo da lei de anistia (nº 6683/1979), que traz o perdão aos crimes políticos e conexos, dispensando das obrigações legais os que resistiram e os que torturaram.   
b) Combater a impunidade e revelar os crimes contra a humanidade para que deles não se esqueça e para que nunca mais se repitam.   
c) Reestabelecer a harmonia social a partir do perdão bilateral entre os que combateram durante a Ditadura, sem atribuir culpa ou instigar o revanchismo.   
d) Virar uma página da história brasileira, aproveitando as instituições que tiveram vigência no período da Ditadura, pois contribuíram decisivamente para aperfeiçoar nossa democracia.   
 


sábado, 17 de setembro de 2016

A vida política brasileira.

No Brasil não se sabe quem está realmente falando a verdade em termos políticos atualmente.Quem detém o poder acaba manipulando todas as informações e situações econômicas também. Partindo do princípio que toda a estrutura é comandada por quem não se preocupa em divulgar a verdade, mas a manipulação de toda e qualquer notícia, como então fazer para saber o que é verdade?
Se todos os envolvidos nos processos políticos que ocorrem no Brasil sempre estiveram aí envolvidos, porque nunca resolveram situações que dizem não terem sido solucionadas na gestão anterior? Estes são políticos profissionais e sempre estiveram envolvidos direta ou indiretamente com processos de corrupção mal resolvidos intencionalmente.
As informações que chegam aos nossos olhos e aos nossos ouvidos estão sempre carregadas de más intenções e distorções, ou seja, desinformações. Como confiar em pessoas que sempre nos enganaram, manipularam, abusaram da nossa inteligência e falta de memória?
Honestamente não dá para ser enganado por tantos e acreditar que agora vai ser diferente, pois, as intenções continuam sendo as mesmas, de brincar com a população no sentido de não informar a verdade dos fatos.
Fato não mais existe neste tão amado país, o que existe são notícias compradas e distorcidas passadas às pessoas com o claro objetivo de gerar nelas um ódio gratuito a um determinado ponto de vista político que se preocupa pelo menos em promover uma igualdade mínima em termos de acesso à bens necessários a uma vida mais digna: Educação, saúde, lazer, viagens de avião, etc.
Como entender pessoas que não se cansam de explorar, maltratar, desinformar, achincalhar, entre tantas outras maneira de excluir, discriminar, etc. Como entender pessoas que só se preocupam em continuar querendo o mundo inteiro para o seu prazer e poder, mesmo depois de tantos anos fazendo isto?
Não dá para pensar que isto não seja algo doentio que já vem com todos estes que nem se dão ao trabalho de tentar abrir mão de privilégios a favor de uma distribuição destes a todos aqueles que os sustentaram por tantos e tantos anos?
Quer saber, só queria entender uma coisa, onde está a verdade?

domingo, 14 de agosto de 2016

Solidariedade orgânica e Solidariedade mecânica.

Solidariedade mecânica e Solidariedade Orgânica

 Na obra “De la Division du Travail Social”, Durkheim buscou esclarecer que a existência de uma sociedade, bem como a própria coesão social, está baseada no grau de consenso produzido entre os indivíduos. Esse cosenso produzido ele chamou de solidariedade.
Para Durkheim existem dois tipos de solidariedade: a  mecânica e a orgânica.
Abaixo é apresentado os dois tipos de solidariedades, assim como uma tabela comparativa.
Para ele a solidariedade mecânica é característica das sociedades ditas “primitivas” ou “arcaicas”, ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal formado por clãs.
Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo. São justamente essa correspondência de valores que irão assegurar a coesão social.
Solidariedade orgânica
De modo distinto, existe a solidariedade orgânica que é a do tipo que predomina nas sociedades ditas “modernas” ou “complexas” do ponto de vista da maior diferenciação individual e social (o conceito deve ser aplicado às sociedades capitalistas). Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada.
A divisão econômica do trabalho social é mais desenvolvida e complexa e se expressa nas diferentes profissões e variedade das atividades industriais. Durkheim emprega alguns conceitos das ciências naturais, em particular da biologia (muito em uso na época em que ele começou seus estudos sociológicos) com objetivo de fazer uma comparação entre a diferenciação crescente sobre a qual se assenta a solidariedade orgânica.
Durkheim concebe as sociedades complexas como grandes organismos vivos, onde os órgãos são diferentes entre si (que neste caso corresponde à divisão do trabalho), mas todos dependem um do outro para o bom funcionamento do ser vivo. A crescente divisão social do trabalho faz aumentar também o grau de interdependência entre os indivíduos.
Para garantir a coesão social, portanto, onde predomina a solidariedade orgânica, a coesão social não está assentada em crenças e valores sociais, religiosos, na tradição ou nos costumes compartilhados, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres e se expressam em normas jurídicas: isto é, o Direito.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Alguns significados de cultura.

Marilena Chauí: A partir do século XVIII, o termo Cultura articula-se, ora positiva ora negativamente, com o termo Civilização. Este, derivando-se do latim cives e civitas, referia-se ao civil como homem educado, polido e à ordem social (donde o surgimento da expressão Sociedade Civil). Entretanto, Civilização possuía um sentido mais amplo que civil. Significa, por um lado, o ponto final de uma situação histórica, seu acabamento ou perfeição, e, por outro lado, um estágio ou uma etapa do desenvolvimento histórico-social, pressupondo, assim, a noção de progresso.
Malinowsk e Radcliffe-Brown: A Cultura designa o modo de vida das diversas comunidades; as necessidades humanas são universais e toda cultura cria instituições para atendê-las, desde as necessidades primárias às emocionais e aqueles das atividades econômicas e políticas.
Ralph Linton: A Cultura é um fenômeno universal e diferencia os grupos.
Claude Lévi-Strauss: A Cultura é uma forma universal da linguagem pela qual os seres humanos buscam diferenciar-se da natureza e apresenta variações baseadas em pares de oposições (discrição e excesso, cru e cozido, etc.).
Talcott Parsons e Robert Merton: A Cultura de um povo ganha sentido na rede de relações sociais; sociedade e cultura são partes interdependentes do sistema social.
Antony Giddens: A Cultura é a interdependência de aspectos intangíveis (subjetivos), como ideias, crenças e valores, suas técnicas e tecnologias, trabalho, moradia, etc. 

A família, segundo Durkheim.

A família não deve suas virtudes à unidade de descendência: é simplesmente um grupo de indivíduos que se encontram próximos uns dos outros, no centro da sociedade política, por uma identificação particularmente estreita entre suas ideias, sentimentos e interesses. A consanguinidade pôde facilitar essa  concentração. Mas muitos outros fatores intervieram: a vizinhança material, a solidariedade dos interesses, a necessidade de se unir para lutar contra um perigo comum, ou simplesmente para se unir, foram causas igualmente fortes de aproximação.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social, 1973. p.27.

A família, segundo Bourdieu.

A família é produto de um verdadeiro trabalho de instituição, ritual e técnico ao mesmo tempo, que visa instituir de maneira duradoura, em cada um dos membros da unidade instituída, sentimentos adequados a assegurar a integração que é a condição de existência e de persistência dessa unidade. Os ritos de instituição (palavra que vem de stare, 'manter-se, ser estável') visam constituir a família como entidade unida, integrada, unitária, logo, estável, constante, indiferente às flutuações dos sentimentos individuais. Esses atos inaugurais de criação (imposição do nome de família, casamento, etc.) encontram seu prolongamento lógico nos inumeráveis atos de reafirmação e de reforço que visam produzir, por uma espécie de criação continuada, as afeições obrigatórias e as obrigações afetivas do sentimento familiar (amor conjugal, amor paterno e materno, amor filial, amor fraterno, etc.)
BOURDIEU, Pierre. O espírito de família. In: Razões práticos: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996. p. 126.

Alguns conceitos básicos da Sociologia.

Comte: Ordem social, estágios teológico, metafísico e positivo ou científico da evolução da humanidade.
Durkheim: Fatos sociais, consciência coletiva, representações sociais, coesão social, solidariedade, integração social, instituição social.
Weber: Ação social, relação social, dominação, burocracia, capitalismo ocidental, racionalização.
Marx: Modo de produção, capital, trabalho, práxis, contradição social, classes sociais, lutas de classes, conflito, relações de produção.